Alvinha Melg

Esse blog era de caráter acadêmico, porém, resolvi transformá-lo num blog de fatos e comentários cotidianos...Há tantas paixões na vida, não custa nada expressar algumas, afinal de contas sou LIVRE, pois o Filho me libertou...

domingo, 7 de junho de 2009

É Nas Escolhas da Vida Que Pagamos o Preço Estipulado Pelas Escolhas...



Havia uma momento feliz entre eu e Ele, conversávamos horas e horas,tinha intimidades de sorrir e chorar em Teus braços, Ele me inspirava tantas coisas bacanas me mostrava lugares tão belos. Eu falava pra Ele de algumas pessoas que eu estava preocupada, mas, Ele me dizia que já estava tomando as devidas proviências à respeito daquelas pessoas que eu lhe havia apresentado.



A intimidade era tanta que enquanto brincávamos eu peguei o seu par de sandálias e as escondi em minha bolsa, para que quando Ele sentisse falta certamente iria onde eu estivesse para buscá-las. Saí daquele jardim onde nos encontrávamos e fui passear por algumas ruas e avenidas movimentadas de muito comércio, havia tanta coisa bonita, tanto som diferente que eu ainda não conhecia, fiquei encantada com tanta diversidade. E, quanto mais andava mais descobria novas coisas, passei por lugares chiquérrimos, pessoas educadissímas, era tudo que eu queria, era maravilhoso!



No finalzinho da última avenida me lembrei que tinha que voltar pra casa, aí percebi um probleminha, não tinha mais dinheiro para pegar o ônibus de volta, havia gastado tudo com guloseimas e lembrancinhas carissímas das loja encantadas e também com cafezinhos com as novas colegas que encontrava pelo caminho.



Tudo bem, me viro por aqui por pouco tempo, pensei. O tempo foi passando e o encanto das lojas foi diminuindo, pois, já havia me acostumado com elas e com as pessoas, não havia mais encanto. Puxa, já havia mais de um ano que eu estava ali e me alimentava das migalhas que as colegas das lojas me dava, nunca conseguia dinheiro suficiente para voltar para casa.



Comecei a ficar desesperada, chorava todos os dias e, ficava cada dia mais feia por causa das dificuldades, vivendo de forma "mulambenta". Certo dia por não ter para onde ir me sentei no calçadão da avenida, a lua estava belissíma mas, o frio se aproximava na medida que o tempo passava, percebi que sentia pena de mim mesma, comecei a chorar e soluçar ininterruptamente, deitei sobre a bolsa velha de tecido encardido que me acompanhava ao longo desses anos, quando encostei a cabeça percebi que tinha algo dentro da bolsa que me encomodadva, só então me lembrei do par de sandálias que eu havia escondido ali a um bom tempo atrás.



As lágrimas começaram a rolar pelo rosto de uma forma mais intensa, senti muita saudade do dono das sandálias. Chorava compulsivamente. Eu as retirei da bolsa e as encostei em meu rosto enquanto elas se encharcavam de lágriamas. Não consigo voltar para casa para devolvê-las, então por favor venha me buscar, pois sei que tens poder para saber onde estou, argumentei entre lágrimas.

Adormeci como uma criança que acabara de amamentar, porém, em meu subconsciente só queria que não houvesse manhã pra mim, simplesmente para não encarar aquela dura realidade que estava vivendo.



Acordei por volta das 9hs da manhã, o nó continuava na garganta com medo de encarar a própria vida. Abri os olhos lentamente em meio a claridade da luz do sol e o som das buzinas que insistiam a pertubar os meus ouvidos. Quando abri os olhos totalmente percebi que não estava no calçadão e sim num quarto de hotel, arejado e altemente confortável. Ao lado da cama estava a minha bolsa velha e o par de sandálias ao lado da bolsa. Sentei na cama e comecei a chorar sem entender nada e meio amedrontada sem saber o que viria pela frente.



De repente, entra uma camareira me cumprimenta com um sorriso nos lábios e educadamente me pergunta se tive um boa noite de sono. Arregalei os olhos e questionei, "não consigo entender o que está acontecendo, como vim parar aqui? que lugar é esse? Calmamente ela me responde, "esse é um dos hoteis mais luxuosos da cidade. Ontem a noite você chegou nos braços de um homem muito educado e gentil, parecia ser um amigo íntimo seu e estava de passagem por aqui. Ele pagou três dias de hospedagem pra você e nos entregou uma bolsa que está no armário, nos disse ainda, que se você não se recuperasse nesse período Ele viria lhe buscar".



Fui até o armário peguei a mochila e abri, lá dentro estava um pequeno pacote de dinheiro, valor correspondido a um salário mínimo atual, havia também o endereço de um emprego que correspondia aos meus requisitos, por fim, uma pequena Bíblia com um marca página no evangelho de Mateus grifado no capítulo 6.24-34.



Olhei para a camareira e bradei "O MEU REDENTOR VIVE!". Ela certamente não entendeu nada, peguei os meus pertences e me dirigi à porta para sair quando ela me interrompeu dizendo "você ainda tem dois dias pagos, vai largar tudo e sair pra rua? Sim, respondi a ela, A SEARA JÁ ESTÁ MADURA E OS CEIFEIROS SÃO POUCOS.









sexta-feira, 29 de maio de 2009

Somos produtos da evolução, ou evolução de um produto?


De todas as maneiras que penso em dar início a esse texto só vem algo na minha memória, "tenho medo!". Alguém certamente me perguntaria, "medo de quê?". Não sei necessariamente de quê, já que estou tentando escrever algo sobre o último texto trabalhado em sala de aula que tratava das inovações tecnológicas, precisamente da tv digital.

É curioso como as coisas evoluem, é preocupante também, quando me refiro a preocupação não estou falando do medo de ficar para trás enquanto tudo corre em velocidade desmedida. A minha maior preocupação é que com o passar do tempo essa tal evolução venha distanciar mais e mais os indivíduos, tudo bem, vou ser clara: meu medo é de perder o calor humano uns com os outros, perder a proximidade física, como se não bastasse a internet que só aumenta a saudade de quem está distante. Pensa comigo: existe algo mais "lamurioso" do quê ver alguém e até falar com esse alguém sem poder tocá-lo?

Certo autor já dizia que quanto mais a tecnologia avança para aproximar pessoas de pessoas e de lugares, mais distancia fisicamente e sentimentalmente ele concluía que até sexo já se faz on-line. De certo modo eu concordo, acho que é isso que gera medo.

O profissional em jornalismo não precisa conhecer ou se aproximar da fonte, há pessoas em todos os lugares que interagem de forma a enviar vídeos e textos para as redações, cabe ao jornalista somente checar a veracidade e, de necessário complementá-lo, para a exibição.

Bem, já que desabafei, vou crer que as inovações não irão levar para bem distante as pessoas que amamos, e que, nem tampouco, perdemos a sensibilidade como ser humano de chorar no ombro dos amigos, filhos, parentes etc. E que, o profissional tenha consciência que, apesar da distância física que separa o jornalista da fonte não venha diminuir a responsabilidade de saber que fazemos parte do mesmo habitat, Planeta Terra...